Escritores da Liberdade

Reflexão sobre professores brancos inseridos em contextos negros .




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         A professora Erin Gruwell é uma professora enserida no subúrbio norte-americano. Ela é nova docente e recém-formada dando aula no primeiro ano do ensino médio. Um dos desafios da professora é conseguir estabelecer contato com esses alunos.

Com isso, a professora se encontra em um contexto totalmente diferente de sua vivencia, como ela trabalha em um subúrbio ele encontra pessoas racializadas – no contexto norte-americano- e classe baixa, e se comportam em grupos de acordo com raça e origem sendo alguns desses grupos negros, latinos, asiáticos, hispânicos. Com isso, esses grupos apenas tem contato com seus semelhantes tendo alguns atritos com os outros grupos.

Dado isso, uma das propostas da professora é descontruir essa relação vertical entre professor e aluno, e então ela propõe se aproximar e conhecer os alunos, através de uma dinâmica que mostra a semelhanças dos grupos, sintomaticamente e dada a primeiro contato dos grupos com os outros grupos através das semelhanças, como violência policial e opressões do meio que vivem.

Portanto, com essa breve sinopse levanta o seguinte questionamento qual seria o papel de um professor branco quando está inserido em situações semelhantes ao da professora do filme.

Posto isso, acho de extrema importância quando estamos inseridos em um contexto que sai da nossa vivencia é buscar ao contexto, no caso de uma escola é tentar entender quem são esses alunos e como é construída essa identidade, porem quando falamos de um professor branco inserido em um contexto racializado temos algumas problemáticas.

A primeira seria pensar de um comportamento\comportamento muito comum dentro da branquitude é se posicionar como norma. Quando individuo se posiciona como norma – no caso de brancos- e se posicionar como o medidor do outro, ou seja, tratar pessoas não brancas como um estranho que sai da norma, e logo algo que sai da norma tem que ser estudado. Então um movimento contracorrente a isso, é a auto reflexão, e estudar como é construída essa identidade branca tanto de indivíduos e como de massas e as relações de poder envolvidas nessa construção. Seguindo também essa linha de pensamento, vale dar um lida no livro “O que é lugar de fala? – Djamila Ribeiro”.

Além disso, se distanciar ao máximo de estereótipos estabelecidos e entrelaçados com o racismo, dito isso, usar as ferramentas do ensino contextualista e buscar que os próprios grupos falem por eles, ou seja, que a identidade do grupo seja construída por suas falas – não so no sentido de falar, mas na linguagem no sentido amplo- .

Para potencializar mais essa discussão, trago esse vídeo da artista Rosa Luz falando sobre branquitude.


Texto escrito por José Luiz de Oliveira, estudante de artes visuais UFU.


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