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Mostrando postagens de junho, 2019

Birthmarked e o ensino doméstico

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O filme “Birthmarked”, dirigido por Emanuel Hoss-Desmarais em 2018, é uma comédia que representa um casal de cientistas tentando acabar com o debate natureza vs. criação, ou seja, eles pretendem descobrir o que realmente molda a identidade humana, seria o seu DNA ou seu contexto? Assim, eles começam sua pesquisa indo morar em um lugar isolado com três bebes de origens diferentes, para tentar cria-los para desenvolver uma personalidade oposta a sua "predisposição" molecular. Dessa forma, os pais cientistas iriam provar de uma vez por todas que a criação é mais dominante que a natureza biológica do ser. Rapidamente, nós como espectadores, percebemos o quão anti ético é este estudo, pois utilizar os próprios filhos como "ratos de laboratório" é um absurdo. Dessa forma, os impactos maléficos que essa experiência esta tendo nos filhos e a completa ingenuidade dos pais a isso é a fonte da reflexão que proponho hoje.  Inicialmente, gostaria de deixar claro a importânci

Escritores da Liberdade

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Reflexão sobre professores brancos inseridos em contextos negros .                   A professora Erin Gruwell é uma professora enserida no subúrbio norte-americano. Ela é nova docente e recém-formada dando aula no primeiro ano do ensino médio. Um dos desafios da professora é conseguir estabelecer contato com esses alunos. Com isso, a professora se encontra em um contexto totalmente diferente de sua vivencia, como ela trabalha em um subúrbio ele encontra pessoas racializadas – no contexto norte-americano- e classe baixa, e se comportam em grupos de acordo com raça e origem sendo alguns desses grupos negros, latinos, asiáticos, hispânicos. Com isso, esses grupos apenas tem contato com seus semelhantes tendo alguns atritos com os outros grupos. Dado isso, uma das propostas da professora é descontruir essa relação vertical entre professor e aluno, e então ela propõe se aproximar e conhecer os alunos, através de uma dinâmica que mostra a semelhanças dos grupos, sintomati

O "mal necessário" do Aprisionamento de Stanford

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O filme “ O Experimento de Aprisionamento de Stanford”, dirigido por Kyle Patrick Alvarez em 2015, é uma película que transcreve um experimento real de mesmo nome para a grande tela. Dessa forma, acredito ser mais coerente discutir o experimento feito em 1971 e seus resultados, pois o filme é basicamente apenas um documentário do ocorrido. Em sequência, pretendo analisar as semelhanças entre a cadeia simulada pela experiência americana e algumas medidas tomadas pelas grandes escolas tradicionais do país. O experimento supracitado pretendia entender como é possível uma instituição corromper as individualidades humanas, portanto o professor Philip Zimbardo conseguiu a aprovação da Universidade de Stanford para simular uma cadeia com 12 guardas e 12 prisioneiros, analisando ao decorrer de duas semanas os efeitos da prisão nos participantes. É importante ressaltar que todos os participantes eram apenas alunos de Stanford que foram aleatoriamente selecionados para um ou outro cargo da sim

Desmundo e a Decoloniadade de Walter Mignolo, sintomas e leituras de vícios brancos.

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“A modernidade não é um período histórico, mas a autonarração dos atores e instituições que, a partir do Renascimento, conceberam-se a si mesmos como o centro do mundo”, declara Walter Mignolo. Com essa citação será iniciada uma leitura critica e analise do filme Desmumdo do diretor Alain Fresnot com o conceito de Decoloniadade de Walter Mignolo. O filme se desdobra no Brasil por volta de 1570, com a chegada de algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de desposarem os primeiros colonizadores, sendo uma delas, Orible (Simone Spoladore), é uma jovem religiosa que se vê obrigada a casar com Francisco Albuquerque (Osmar Prado), que leva para seu engenho de açúcar.             Com isso, o filme trata a questão de forma mais literal possível, uma vez que o enredo trata de uma estratégia colonial de trazer esposas para os colonizadores para não ocorrer miscigenação e assim, manter-se branca essa parcela da população que invadiu terras brasileiras.        

A abordagem triangular colocada em prática

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  Dentro da disciplina de Metodologia do Ensino de Arte, aprendemos que existiram e existem várias metodologias pedagógicas para o ensino, como o tecnicista, a escola nova, a tradicional, a pedagogia triangular, a metodista. Neste texto, trago um exemplo de apenas uma dessas metodologias que vivenciei, dentro de sala de aula, mas que por sua vez não era aluna, mas sim observadora. Uma das experiências que tive dentro de sala de aula foi um grande exemplo da pedagogia triangular, proposta criada por Ana Mae Barbosa. A temática era cultura indígena e de começo a professora introduziu este tema perguntando para os alunos, do 1º ano do ensino infantil, sobre quem foram os primeiros à morarem no Brasil, e como eles eram, etc. Depois, exibiu imagens e vídeos de diversas tribos e suas diferenças entre si, mostrando os grafismos e as tradições de cada etnia, os ensinando as regiões em que cada tribo mora até hoje. Em seguida, trouxe em sala o livro "Você lembra, pai?" escrito por