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Mostrando postagens de julho, 2019

Cultura Visual

     Antes de tratar da Cultura Visual é necessário fazer a distinção dos conceitos de visão e visualidade. No artigo de Pablo Sérvio, chamado O que estudam os estudos de cultura visual? Ele argumenta que a visão seria aquilo olhamos e que o cérebro processa, sendo esse órgão responsável pelo “modo como imaginamos e registramos as aparências do mundo” (SÉRVIO, p.197). Porém nem todas as informações enviadas para o cérebro são processadas, devido ao fenômeno de percepção seletiva, ou seja, damos preferencia ou atenção àquilo que nos chama a atenção de maneira inconsciente, por estímulos que por muitas vezes nem nos damos conta.     Já a visualidade trata da dimensão cultural do olhar, histórica e contextual. Contextualizando a mesma, ela não é igual para todos, pois casa um carrega em si diferentes vivências. Assim, surge a Cultura Visual quando “compreendemos que experimentamos o visual por meio da cultura, por meio de construções simbólicas, como “um sistema de códigos que inter

Uma metodologia didática tomando como base recursos fotográficos e memoriais

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Segundo o texto “Realidades e ficções na trama fotográfica” de Boris Kossoy, temos em mente que a fotografia pode ser um recurso didático muito eficaz, sendo um objeto que carrega e oferece muita informação. Seja para uma pesquisa ou uma aula, é imprescindível uma simples fotografia, para ilustrar ou sustentar o assunto. Dessa forma, podemos usá-la como objeto fundamental para uma aula, por exemplo. Vamos supor que você como professor de artes visuais queira discutir a importância da memória e da pesquisa como processo criativo, e pede para os alunos escolherem um tema para trabalharem. A partir daí os alunos iriam buscar em fotografias caseiras de família, algo que se encaixe no tema proposto. Então, em sala de aula, fariam o exercício de buscar informações sobre a foto e o que ela oferece de informação. Introduzindo o conceito de 1ª e 2ª realidade, buscando informações junto com os alunos e efetuando uma pesquisa fértil e cheia de potencialidade para ser trabalhada num outro tra

Filme: Entre os Muros da Escola

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  D irigido por Laurent Cantet, o filme "Entre os muros da escola", trata de assuntos reais presentes no cotidiano escolar. O professor François Marin, interpretado pelo ator François Bégaudeau, que é também o autor do livro em que a trama foi inspirada, tem como meta fazer com que os alunos além de aprenderem o idioma francês, também quer ensinar os jovens sobre o sentido da ética. Tarefa difícil, ao levar em conta a multiplicidade cultural da classe, pela formação cultura, econômica, racial e relação conturbada entre professor e aluno.   Desde o início do filme é bastante claro o despreparo e a falta de estrutura dos professores e da diretoria da escola. Principalmente, nas reuniões de professores, onde predomina a dicotomia entre "maus alunos" e "bons alunos", criando-se assim, sobretudo para os novos professores, um julgamento prévio e tendencioso a respeito dos estudantes da escola.   O filme trás questões que elucida os problemas do interior